22 junho, 2006

Recebi hoje:

Vinte e dois de junho

Hoje é 22 de junho, sim... Sempre quando essa data se aproxima, começo a ter comichões buscando em mente o que está por vir... A Páscoa se foi, o Descobrimento do Brasil é em abril, o aniversário do Bono é em maio. Hmmm, junho é o mês dos cancerianos?! Poxa vida. Vinte e dois! E de junho! É mesmo...

A data me remete a uma pessoa que conheço há algum tempo já. Alguém com quem, nos tempos de escola, passava o recreio na biblioteca, procurando livros divertidos. Uma companheira com a qual podia passar vários minutos sentada em silêncio, e ao levantar sentia como se tivera a mais profunda das conversas.

Escrever algo original e interessante para uma amiga especial, sobre um dia especial, pode ser um tanto complicado. Ainda mais quando essa pessoa é o “Aham... É assim mesmo” na hora exata, o empurrãozinho de motivação e a lente de aumento com o poder de mostrar as letrinhas miúdas de um contrato furado... Tudo ao mesmo tempo (!). O fato de a mesma ser inteligente e possuidora de um humor tão fino e suave como os temperinhos que inventa para suas saladas vegetarianas também não facilita o trabalho.

Cheguei a pensar, como solução, naqueles famosos cartões de aniversário do Garfield, com piadinhas sobre o fato de estarmos ficando mais velhos, ou não termos dinheiro suficiente para comprar um presente. São engraçadinhos... Mas bem manjados. No entanto, não mais repetitivos que as mensagens de agradecimento pelo prazer por mais um ano de convívio, etc, etc, etc. Os desenhos que acompanham essas últimas até que são simpáticos. Ok, desisto.

Um es-cri-tor fa-mo-so. Sim! Elejamos meu salvador: vejamos, García Márquez? O cara é legal, mas já estaremos em setembro quando (e se) conseguir falar com ele... Neruda? Morto. Machadão? Morto. Herman Hesse? Morto. Wilde? Morto. Hmmm. Preciso de um copo. Vou recorrer a um defunto mesmo.

Apesar do desconforto ao vislumbrar o possível sucesso de minha empreitada, arrisquei um tête-à-tête transcendental com Shakespeare. Seria uma boa dedicar um texto inédito do dramaturgo defunto inglês a minha amiga. Toalha branquinha limpa na mesa, algumas velas, muita concentração. “Out, out, brief candle...”. No way. “Full of sound and fury”? Nem sinal.

Enfim... Frente ao meu perceptível fracasso, cheguei à conclusão que realmente teria que apelar a algo de minha autoria. Difícil ter sucesso ao ambicionar fugir de lugares-comuns.

Tecer comentários a respeito do poder cativante, da segurança - talvez transmitida de forma imperceptível por minha amiga - e não parecer clichê é quase impossível. Que o diga discorrer sobre sua determinação (a qual chega a despertar uma pontinha de inveja) ou, então, sobre a grande força que convive com a leveza de sua sensibilidade.

Percebem minha agonia ao tentar transpor ao mundo das palavras e coisas tangíveis a unicidade e a relevância dessa criatura? Talvez uma frase possa ser mais eficaz... Precisaria de algo realmente fantástico, impactante, objetivo, que imprimisse toda magnitude da questão desenvolvida em minha mente. Estou sentindo, na ponta dos dedos... Hmmm. Acho que é isso mesmo...

FELIZ ANIVERSÁRIO, Amiga!

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É ou não é fácil, fácil ter um feliz aniversário desse jeito?


21 junho, 2006

Post da Pi!

Sobre o meu lado maligno (by Pi)

Já fui questionada várias vezes sobre a existência e conhecimento das ações advindas de meu lado maligno (a partir de hoje: LM). Ainda não sei se ele existe realmente. Se bem que, de tanto falar nele e na sua inatividade, capaz mesmo de estar escondido em algum lugar. Nunca se sabe o poder das evocações feitas em pensamento.

Em entrevista exclusiva concedida ao CD (Coisa da Dani), o especialista em Forças Ainda não Desenvolvidas da Universidade de Bucareste, Kriev Bigart, declara que a ativação primordial de energia maligna acumulada pode resultar no surgimento de um ambiente com campo gravitacional extremamente poderoso. “Seria como se um mini-buraco negro se formasse... Um fenômeno deveras atípico”, explica Bigart, que conclui: “Não gostaria de ser a pessoa perto da Pi num momento desses (risos)”.

Alguns teóricos* acreditam que LM seja como o Etna, repleto de lava borbulhante e incandescente, prestes a destruir um pedaço bonitinho da Itália. É de se considerar que, para acabar com essa dúvida, o ideal seria me tornar totalmente maligna, mandando caras idiotas à ponte que partiu, chamando-os de filho da fruta ou, ainda, socando mentirosos até verterem sangue. Essa última alternativa me levaria a usar roupas mais escuras, afinal de contas, pessoas malignas não podem andar por aí com manchas de sangue aparentes... E encher Zés Manés de chutes, jebs, cruzados e pontapés parece ser, no mínimo, terapêutico.

Elucubrações de correntes de estudos mais aprofundados** reivindicam as demonstrações de paciência, cordialidade e tolerância como verdadeiras prováveis ações do LM. Uma forma de espremer os miolos de quem não merece consideração alguma ao fazê-los pensar: poxa vida, como ela consegue ser tão gente fina? Ponderações assaz pertinentes.

Estudos sobre a forma de ativar o LM, no entanto, ainda estão sendo desenvolvidos. Uma equipe (composta por 16 especialistas em Potencial Maléfico, 9 Ph.Ds em História do Poder Maligno, 5 físicos quânticos e 3 bombeiros) trabalha na elaboração de um tratado acerca dos possíveis fatores desencadeadores de ações malignas. Segundo o responsável pelo projeto, Manfred Kolovski (do Centro de Atividades Perversas de New Hampshire), a conclusão da pesquisa é prevista para agosto de 2007. “Depois da edição do tratado, será divulgada na internet uma lista das TOP 10 situations de ativação do LM”, adianta Kolovski. É esperar para ver.

*Para mais informações sobre o assunto, veja Edwin Wiggen Ph.D. (Quem mexeu no meu lado maligno) e F.J. Presscot (Descubra seu lado maligno em cinco minutos – manual revisto e ampliado).

** Grupo de Análise de Situações Extremas (GASE), liderado pelo filósofo tcheco Kidween Martin (Assim como são as pessoas são as criaturas – edição esgotada)


Legenda:

Teoria de Bigart

Acompanhe no infográfico tosco, abaixo, a Teoria de Bigart sobre a ativação primordial do Lado Maligno.

Fator X de estímulo do lado maligo + propensão a ações malignas = formação de campo com força gravitacional poderosa (vulgo: mini- buraco negro)

(1) antes do LM

(2)momento de ativação do LM ou momento “Salve-se quem puder!”

19 junho, 2006

Influenza

Percebi que é quase impossível não escrever sobre uma coisa que te adubou de alguma forma e, por isso, está sempre ali. Não no sentido de tomar conta, mas de você ter certeza de que aquela é uma parte da sua vida que fez diferença pra você, que te tornou uma pessoa diferente. Foi o que houve: Eu me vi morrer pra alguém. Eu me vi agonizar, ter aquela melhora súbita que sempre acomete o que está nas últimas e, por fim, morrer. Eu deveria ter entendido, mas esse foi o dia em que a minha tão elogiada percepção do outro estava mais ocupada em fechar o primeiro botão da blusa que tinha aberto, encostar a mão no vidro da janela pra saber se o sol estava tão quente assim e tentar remediar o estrago das unhas pintadas de vermelho escuro. Justo eu que nunca pintei as unhas de vermelho escuro sem um bom motivo. Engraçado lembrar que foram aquelas unhas vermelhas que me fizeram chegar ali: Só pra morrer nos olhos de alguém. Em silêncio. Tentando negar.

13 junho, 2006

História sobre histórias (com direito a bruxa e final feliz)

Ensino fundamental, médio, faculdade, cursos... Foram vários professores. Nenhum como aquela. Era 1993, eu estava na terceira série do primário e não tinha um dia sequer em que um coleguinha não caísse no choro por causa dela. Uma bruxa mesmo. Então, daqui por diante, ela será chamada de Bruxa. Toda semana tinha a "Hora da Biblioteca" e a Bruxa nos levava até lá para escolher um livro e levá-lo pra casa durante uma semana. Frustrante. Primeiro porque era UMA LONGA SEMANA pra quem lia o livrinho em minutos e segundo porque a Bruxa tinha surtos se um aluno mais curioso intelectualmente lançasse olhares cobiçosos para a prateleira onde estavam os livros "dos grandes": Coleção Vagalume, aqueles livros fan-tás-ti-cos do Pedro Bandeira, Ilha do Tesouro, etc... A Bruxa gritava, sacudia os braços, ficava roxa:

- Não, fulano! É aqui! Já disse que é aqui!!!! Eu não disse?!

E lá ia o menino se contentar com a vigésima oitava versão do Patinho Feio, Chapeuzinho Vermelho e afins. Aquilo me revoltava porque obviamente eu era uma daquelas que ficava namorando os livros maiores. Não tenho idéia de quantos alunos ela conseguiu desestimular qualquer hábito de leitura, mas a minha teimosia venceu e cativou uma aliada: A bibliotecária que me ajudava a contrabandear livros "dos grandes" pra casa. Ela escolhia o livro e me entregava escondida no final da aula. O contrabando bem embaixo do nariz da professora durou quase todo o ano, até o dia em que caí na asneira de abrir a mochila enquanto a Bruxa estava por perto. Mais eficiente do que o radar dos morcegos ela girou e deu de cara com algum exemplar da coleção vagalume. Arrancou o livro da minha mochila, pegou o meu braço e saiu me arrastando pelo corredor até a coordenação. Furiosa, chegava a bufar. Olhava pra mim (e até hoje me lembro daquele olhar de louca varrida):

- Tu vai ver o que a professora Oseni vai fazer com quem ROUBA assim!

Abriu a sala da coordenação, me empurrou pra cadeira bem na frente da coordenadora.

- Ela ROUBOU o livro, professora Oseni! ROUBOU!

Gelei até a medula. Sentia que ia chorar a qualquer momento.

A professora Oseni olhou pra mim com toda a calma. Hoje desconfio que ela já estava acostumada com os achaques da Bruxa.

- O que aconteceu, Daniela? Pegaste esse livro na biblioteca?
- Peguei.
- Escondida?
- É...
- Sabe que é feio e errado fazer esse tipo de coisa, não sabe?

Pediu pra professora sair e me olhou em silêncio (também me lembro desse olhar até hoje. Atento, carinhoso, tranqüilo. Podia ter me feito cair no choro também, mas pelo contrário, me devolveu a confiança).

- Mas tu não roubaste, né?
- Não.
- E por que pegaste?
- A moça da biblioteca me empresta. Eu já li todos os livros menores. Quero ler outros agora...
- Gosta de ler?
- Gosto.
- Sabe, eu li aquela história da panela que você escreveu. A da panela, a do ladrão da lua, a da menina que encontra a pedrinha brilhante...
Sorri.
- Gostei muito, sabia?
- Obrigada.
- Então a gente vai fazer o seguinte...
Pegou uma folha de papel, escreveu alguma coisa e carimbou. Ela sorria.
- Aqui, ó... Isso é uma autorização que você vai entregar pra professora. Com ela você vai poder pegar qualquer livro da biblioteca que quiser.

Peguei a folha, agradeci e voltei pra sala. Entreguei a autorização pra Bruxa que me olhou de uma forma com que fui olhada algumas outras vezes nesses treze anos. Aquele olhar que tem intenção de assustar quando se sabe que é inútil tentar outra coisa. Mas não me assustou. E não me assusta até hoje. Sentei e me apressei em copiar o texto que ela tinha passado no quadro. Logo seria a "Hora da Biblioteca" e tinha muita coisa legal por lá.

A professora Oseni não foi a primeira nem a última pessoa que me estimulou a ler, mas junto com a bibliotecária e a minha vizinha de andar no prédio onde morei, foi a mais importante. E hoje percebo o quanto isso é necessário pra qualquer um. Meu sobrinho, por exemplo, fez um ano ontem e já tem uma coleção de mais de vinte livrinhos (Ainda quero dar pra ele de presente um exemplar do "Soprinho"). Se diverte com eles como se fossem brinquedos. E que seja assim. Que rasgue, folheie, desenhe neles, como eu fiz. Que se familiarize com as letras, páginas, com o cheirinho fantástico de livro novo e de livro velho, como eu fiz. E que ele tenha acesso a eles, que ele seja criado pra ser um leitor. E que todas as crianças (e adultos também) tenham ao menos uma pessoa pra estimular esse hábito. Como eu tive.

E quanto à Bruxa? Bom, o ano terminou e ela desapareceu do colégio. Vi ela novamente há uns meses atrás quando estava levando a minha prima na Feira do Livro de Porto Alegre. Me olhou nos olhos e não sorriu. Encarei de volta. Sorrindo. Se ela lembra de mim? Não sei. Talvez lembre da menina contrabandista de livros ou talvez da menina que, em outra ocasião, fingiu muito bem um estouro dos tímpanos ao ouvir os berros dela, deixando a mulher horrorizada, pálida e com os olhos do tamanho de pires.

De qualquer forma, devem ser ótimas lembranças. Pra mim são ;)

12 junho, 2006




Sempre.

09 junho, 2006

O tal do 666

Entra o aluno na sala. Flip-flops do tipo D pra cá, álgebra booleana pra lá. De repente ele diz:
- Dizem que o mundo vai acabar na terça-feira...
Respondo sem levantar os olhos da apostila:
- Poxa, de novo?

Sim, esse é o meu nível de crença em profecias desse tipo. Ou seja lá como prefiram chamar. Não venham me dizer que uma coincidência numérica vai dar vida a todos os horrores do mundo (como se tivesse data marcada e toda certinha pra isso) e o carinha com o tritão (o diabo, não o pai da Pequena Sereia) vai olhar pro calendário e dizer:

- Rá! 6 de 6 de 2006! É hoje!

Pelas folhinhas verdes do meu manjericão florido! Muita coisa pra mim... Fora que esse 06/06/2006 não tá valendo. Ou será que só eu vejo o 2 ali empatando? E se quiserem conjunção numérica cheia de coincidência com um 2 de gaiato pra atrapalhar, eu sugiro essa:

Exatamente à uma hora, dois minutos e três segundos do dia quatro de maio de 2006 tínhamos o seguinte: 01h02min03s 04/05/06. Não é bem mais legal? Ou na ordem decrescente: 06h05min04s 03/02/01, ou... Tá, acho que já me fiz entender...

De qualquer forma, sou mais meu vô que, sempre quando ouvia uma baboseira dessas, dizia:
- HAHAHAHA! O mundo acaba todo dia pra quem morre E SÓ!


08 junho, 2006

Contribuição da interina

Essa semana aprendi que das incertezas acaba brotando alguma coisa. Não sei bem o que, mas enfim. Aprendi, também, que existem pessoas infelizes por pensar demais e não agir. E seres frustrados por agir demais e não pensar.


Enquanto Madame Bovary fica no porão dos "livros com personagens que me irritam" e não encontro uma leitura mais fresca, alterno momentos de extrema apatia com outros de uma pequena obsessão por socar pessoas imaginárias, tendo consciência da existência dos meus deltóides. Algo que vem, inclusive, afetando o meu poder de concluir sinapses, considerando que reescrevi obsessão umas três vezes, das mais diferentes formas.

Dando início à série "descobertas culinárias", encontrei na geladeira, dia desses, um goiachup. Nada mais que uma calda de goiaba embalada em um frasco de catchup. Consumida com ricota, numa versão anoréxica do Romeu e Julieta, fica bem interessante. Lembrei agora da época em que tentava descobrir um parentesco entre pepinos e melancias.

Ambos são verdes, têm uma parte branca que parece ser maligna (jamais me deixaram comê-la) e são pura água. Na verdade, nunca fui persistente o bastante para ir até a estante e checar a pertinência disso em uma enciclopédia Larrouse. Quem sabe algum dia...

Pensar demais cansa.

By Pi

Separados no berço

06 junho, 2006

(Cheiro de coisa queimada. Muito queimada.)

- Ah, não...

Abro a janela, a porta. Me convenço mentalmente:

- E é aqui...

Primeiro pensamento: C o m p u t a d o r. Lembro do meu primeiro chefe do meu primeiro emprego arrastando um nobreak explodido e queimado pela sala. Fumaça. Fumaça. Fumaça. Nada agradável...

- Ah, não...

Logo estou cheirando a impressora, o monitor e a cpu. Só o que falta é explodir agora. E na minha cara. Se celular que explode é notícia no jornal e faz um estrago considerável, imagina um monitor que explode! E bem na minh... Ai.

- Ô Amanda, vem cá!
- Que foi?
- Cheira o computador.
- ?
- Tô sentindo cheiro de queimado...
- Poxa, eu te disse que ele andava meio estranho esses dias...

Lá vai ela. Cabeça embaixo da escrivaninha. A inspeção dela dura menos da metade da minha. Guria esperta.

- Acho que não... Será que não é da rua?
- Não, não... é aqui mesmo...
- É, é aqui mesmo... Tv?
- Desligada.
- Dvd?
- Deslig...

Vó aparece na porta, observando tudo.

- E porque vocês não olharam a panela no fogão?
- ...?
- Tsc, tsc. Aipim cozido. Queimou todo. E vocês aí cheirando esse computador...

Biscoito com goiabada

Primo de nove anos aqui em casa.

Hora do café e ele bem sentadinho no sofá. Diz que não quer nada. Pego uns biscoitinhos e ofereço pra ele.

- Ó, Bruno... Esses aqui tem goiabada. Tri bom!
- Quero nada não, minha filha.
- Hein?! Tua FILHA??
- Éééé...
- E eu lá tenho idade pra ser tua filha, moleque?
O cara de pau mirim vai até onde eu estou, mede a altura dele com a minha e responde:
- É, acho que tem sim...
Coloco os biscoitos em cima da mesa. Olho pra ele.
- Bruno?
Arregala os olhos.
- Quê, Dani...?
- Corre...

Assim como quem não quer nada...

Look at here,
.

01 junho, 2006

Novidade?


Ops...

- O que eu digo, Dani?
- Ora... Diz: Bruno, esse é o convite pro aniversário do Matheus. Pra ti e pra tua mãe...
- Ok...
Ela vai até a garagem e eu ouço:
- Matheus, esse é o convite pra festinha do... Bruno. Pra ti e pr...er...
Ela volta:
- Saiu alguma coisa errada, né?
Eu:
- Bom, o Matheus vai ficar meio triste. Ele pensava que a festa era dele...
Bruno grita da garagem:
- Ei, o Matheus tá tentando pegar o meu convite...
- Ó, não disse?