30 junho, 2007

Babaca beijoqueiro

Odeio esse tipo de cara que vc nunca viu mais gordo, com quem vc não tem intimidade nenhuma, que não tem motivo nenhum pra te cumprimentar com beijinhos e mesmo assim te vê lá na esquina e já vai virando o rosto pra ganhar beijo. Tem um cara lá na faculdade que é um exemplar legítimo: Basta ver uma mulher pela frente que o sujeito pensa "Oba! Beijinhos!" e já vem correndo babar o rosto da gente. E não adianta fazer cara de paisagem, fingir que não tá vendo: O cara se planta na tua frente e ataca a sua bochecha na maior. Ou seja, um babaca beijoqueiro. Sabe qual é, né? Cria do tipo que agarra mulher na balada mesmo contra a vontade dela e ainda acha que tá agradando, que tem pegada. Ai, Morro rindo.

Pra mim só tem 2 razões pra cumprimentar com beijinho:
1. Você está sendo apresentada à pessoa (motivo fraco, mas mesmo assim motivo);
2. Você já conhece a pessoa de alguma forma (pessoalmente ou não) e tem carinho por ela.

E Finito, cambada.

Sério. Sei que posso ser mala, fresca, whatever. Pode ser defeito meu, mas sei que existem defeitos piores, bem piores. E já adianto que se um dia ficar grávida, minha barriga não vai ser patrimônio público onde todo mundo passa a mão sem meu consentimento. Não gosto e pronto-falei.

As cinco forças de PORTER

E o que era a moça que vos fala preocupada da vida em falar "Modelo das 5 Forças de Porter" e não "Modelo das 5 Forças de Harry Potter" na apresentação de um trabalho na faculdade? Até pesadelo eu tive.

29 junho, 2007

Últimas...

Ontem, quando minha vó entrou na UTI pra visitar o vô, as primeiras palavras dele foram: "Estou com fome e quero minhas calças."

28 junho, 2007

"Se ele está lutando lá, nós não temos o direito de desistir aqui."

Meu avô começou a trabalhar aos seis anos, em fazendas do interior do município de Alegrete, na campanha rio-grandense. Seu primeiro filho nasceu com uma deficiência física que o impede de realizar muitas das coisas que gostaria. Alguns anos mais tarde, já com dois filhos, meu avô caiu de uma das pontes que construiu e saiu andando, sangue a cântaros, até em casa para tranquilizar a esposa antes de ir para o hospital.

Tudo isso passou pela minha cabeça no último sábado, dia em que ele desmaiou no banheiro de casa e foi levado para o hospital onde diagnosticaram um aneurisma. Lembro que enquanto meu namorado e o namorado da minha prima o socorriam, ele olhou pra mim e disse que queria deitar na cama. Isso certamente o teria matado. Transferido de hospital, devido à gravidade do seu estado, meu avô passou por uma cirurgia muito delicada, onde teria 20% de chances de sair com vida. Meu vôzinho venceu a batalha e hoje se recupera na UTI.

Foram dias de uma angústia enorme, onde cada toque do telefone, de pessoas que queriam saber como ele estava, nos desesperava. Cada visita ao hospital, àquela ala que assusta muita gente, nos dava e tirava a esperança. A UTI é um local dolorido, onde é possível sentir claramente o Medo que impera ali, maior que tudo, dominando tudo. É sempre difícil ver pessoas se agarrando a qualquer fiozinho de vida, lutando por uma coisa que muito poucos dão o valor que ela merece enquanto a tem a salvo.

Nesses dias que estou vivendo, só consigo ser grata por duas coisas: Por ter tido estrutura para lidar com tudo o que aconteceu e está acontecendo e assim poder ajudar minha família da melhor forma. E por poder contar com a pessoa que amo, por ele morar tão longe, mas estar aqui numa das horas mais difíceis da minha vida, por ser a única testemunha das minhas lágrimas, por saber que o meu vô é o meu "pai de verdade" e, por causa disso, nunca, nunca, nunca me deixar abater e perder a esperança.

A razão da minha fé na recuperação do vô é o reconhecimento da história de superação que é a sua vida. Conservando essa fé, me dando todo o suporte que precisei nos momentos mais difíceis, apoiando toda a minha família, entrando na UTI e tranquilizando o vô a respeito da segurança das suas "gurias", está o Arno. O homem que eu tenho o maior orgulho de dizer que é o único que amei, amo, amo muito, amo sempre.


Doações de sangue, de qualquer tipo, para o sr. Dorvalino Catarino Santos Castro, que também foi doador durante grande parte da vida, são necessárias e muito bem-vindas. As doações devem ser feitas no Hospital de Pronto Socorro, de Porto Alegre, das 8h às 18h e aos sábados pela manhã.

23 junho, 2007

Os macaquinhos que eu adoro

Tô matando e morrendo por umas bolsas LINDAS da Kipling. Uma é vermelha e a outra, preta. Como arrematar as duas é impossível, impraticável e outros "im...", admito que a balança pende para o lado da preta... Se bem que a vermelha é uma coisa! Droga...

A saga do bolo de aniversário

Caramba, que bolo?! Aquilo só foi bolo antes de entrar pro forno. Super certeza que os 180° durante (prestenção) MAIS DE UMA HORA para tentar assá-lo causaram uma alteração dismórfica na personalidade do bolo, que saiu do forno acreditando ser um... sei lá, pudim? E eu toda feliz que ia postar o meu bolo no Especiarias...

Mas hoje eu tento de novo.
Vai sair um bolo desse forno de qualquer jeito!

22 junho, 2007

Imaturidade

Daí você cresce ouvindo que idade traz sabedoria, maturidade e experiência. Tudo bem. Você acredita, né? Que nem acreditou no Papai Noel e em férias remuneradas de 30 dias. Tolinhos, vocês.

Então o tempo passa, você chega a uma determinada idade onde a sua esperança e fé no próximo já não são mais o que eram e acaba descobrindo que existem pessoas que acumularam uns bons aninhos a mais do que você, mas mataram aquela aula sobre sabedoria, maturidade e experiência. Pois é. Esse é o tipo de gente que me faz ter medo de envelhecer, o que - convenhamos - não é uma sensação muito boa pra se ter no dia do arraial de São João da empresa meu aniversário.

Se for pra ficar velha, cabeça-oca e com rugas prefiro ter só o bônus da coisa: velha, cabeça-oca, mas com a pele linda, por favor. Pra viagem.

21 junho, 2007

Verdade seja dita

Não foi o Boca, não foi o Grêmio e muito menos o juiz de várzea que apitou o jogo.
O que me irrita de verdade são os colorados que vão além do secar "saudável", por assim dizer.
Os colorados que vão além do secar, batucam, buzinam, saem pra rua chorando e gritando "eu já sabia!", compram (!!!) rojões pra soltar a cada gol do Boca e no final do jogo enlouqueceram mais do que o Juan da padaria aqui da esquina.
Esse tipo de torcedor precisa aprender a torcer mais e secar menos, a não fazer mais festa pela derrota do Grêmio do que por suas próprias vitórias: Que dá dó ver colorado às 3 da manhã de uma quarta-feira soltando rojão pela derrota do rival, juro que dá. Os caras ganharam a Tríplice Coroa e não fizeram tanto auê!
Fora que esse excesso de ódio, também pode ser paixão. Mas gremista enrustido, não dá, né? Extravasem esse amor, poxa! Deixem sair pela garganta esse hino que sei que bate forte no coração de vocês! Entrem pra Geral e façam avalanche até se arrebentarem na Azenha!

Grêmio perdeu? Perdeu. Jogou mal? Jogou. E daí? Por mais vermelho que seja meu coração vou sair pela rua comemorando vitória de argentino? Eu, hein! Evolui, Pokemon!

Enfim, vida que segue.

20 junho, 2007

Links

Ele assistiu uma palestra sobre Dual Core com o ventríloquo da Sabrina Sato.

19 junho, 2007

Experiências com o SAC

Há um tempo atrás, compramos um desodorante roll-on que veio sem a bolinha. Como não compensaria ir até o hipermercado onde fizemos a compra para trocar (só o valor da passagem, cobriria com folga o preço do desodorante), resolvi ligar para o SAC da empresa. Muito gentil, a atendente perguntou qual era o problema com o produto, meus dados pessoais, onde eu tinha adquirido o desodorante, código de barras e lote. Disse que o problema poderia ter sido causado por uma falha na produção (óbvio) ou por manuseio incorreto no ponto de vendas (altamente improvável, quem conseguiria tirar aquela bolinha dentro de um hipermercado? Ou melhor, qual o motivo que levaria alguém a querer tirar aquela bolinha de lá?) e afirmou que eu receberia outra unidade do produto em casa, no prazo máximo de 10 dias. Três dias depois, recebo duas unidades do desodorante e mais uma sacola de praia da empresa por sedex.


No domingo, minha irmã me contou que uma das fraldas noturnas (as mais caras) do pacote com 24 fraldas que ela tinha aberto estava com uma das abas coladas para dentro. Pra tirar, só rasgando a fralda. Ontem liguei pro SAC, outra atendente gentil fez as mesmas perguntas - e outras mais, inclusive o nome e data de nascimento do bebê que usava as fraldas. Disse que o problema tinha sido causado por falha na produção (it rings a bell?) e que no prazo de dez dias, eu receberia em casa três vales-troca no valor total de um pacote com 10 fraldas noturnas, que pode ser trocado em qualquer ponto de venda.

Ou seja, reclamem mesmo.

17 junho, 2007

Good Hair Day

Pois é. Minha briga com o cabelo nunca foi muito intensa: Não tem aquele volume "juba", a raiz é lisa e os fios ondulam só nas pontas. O problema é que por ser muito fino, ele fica arrepiado por cima quando seca naturalmente. Até hoje, a solução era secar com secador e dar um toque com a chapinha pra assentar os fios. Ficava aquele aspecto liso escorrido que eu não gostava muito, mas disfarçar o arrepiado era fundamental e eu ia levando.

Minha vida mudou...

Foi quando uma amiga da minha irmã sugeriu que eu experimentasse o creme ativador de brilho Seda pra cabelos castanhos, sem enxágue.

A minha voz é a mesma, mas os meus cabelos...

Tá certo. Segui as orientações de uso, ou seja, não extrapolei na quantidade. Sabe como fica cabelo com creme demais, né? Aquele aspecto sujo, nojento, ensebado, pesado... O resultado é que os fios assentaram, o cabelo ficou bem macio e com brilho. Adorei.

Mas já sabe: Cabelo com creme demais não rola, mas mulher-standard-cabelo-liso-a-qualquer-custo também não.

15 junho, 2007

Bia

Hoje, às seis e cinco da manhã, nasceu minha segunda sobrinha, a Beatriz.
Foi lindo.
Ela me olhou bem no olho, e faz essa carinha: ;-P
A criança de 20 minutos de vida mais simpática que já vi...

Da sala de espera, a gente ouve os gritos das mulheres em trabalho de parto e só consegue pensar "caramba... quero filho não". Mas basta entrar no quarto, ver aquela coisinha linda embrulhada no lençol do hospital agarrar o teu dedo e você sai de lá querendo um igual.


Dor

Enquanto a gente esperava a Bia nascer, uma senhora de 67 anos chegou de cadeira de rodas no centro obstétrico, vítima de assalto, agressão e violência sexual dentro da própria casa.



Fiz questão de escrever sobre esses dois episódios tão opostos no mesmo post porque o que eu mais desejo pra minha sobrinha, além de saúde, é que ela faça a diferença. E que também faça jus ao nome que eu sugeri e que os pais dela acabaram escolhendo: "Aquela que faz os outros felizes".

Nunca fez tanto sentido acreditar que basta nascer UMA pessoa boa, pra fazer com que ainda valha a pena nascer e morrer nesse mundo que às vezes parece tão perdido...

12 junho, 2007

Receita nova lá no Especiarias.
Passa !

11 junho, 2007

"Amor, então,
também acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima."
Paulo Leminski


"Não me interessa o decorativo, nem o bonito, nem o doce, nem o delicioso.A arte só serve de alguma coisa se é irreverente, atormentada, cheia de pesadelos e desespero. Só uma arte irritada, indecente, violenta, grosseira, pode nos mostrar a outra face do mundo, a que nunca vemos ou nunca queremos ver, para evitar incômodos a nossa consciência."
Pedro Juan Gutiérrez


Um escritor, pra mim, precisa ter bagagem: encanto, dores, alegrias, sofrimentos. Um escritor precisa expor as entranhas, ter disputas morais consigo mesmo e perder muitas e muitas vezes.

Entranhas não são só lirismo.

08 junho, 2007

Template novo.
Fiz sozinha.
Achei fofo.
: )

05 junho, 2007

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Bom é sair cedo da aula e ir pro bar beber quentão com os colegas numa noite fria, fria. Você conhece melhor algumas pessoas legais e outros conseguem a façanha de se tornarem ainda mais chaaaatos do que a sua imaginação permitia. O mala-escoteiro ali de baixo ainda escapa dessa, porque por mais metido à Einstein dos pampas que seja, ainda tem um certo carisma. A noite serviu mesmo foi pra perceber o quão imbecis são essas pessoas que usam palavrões "sem contexto". Como é que pode ainda existir pessoas que pensam que falar palavrão choca ou pode fazer você parecer moderno, desapegado, cool? No máximo, no máximo faz as pessoas perceberem o quanto você é limitado e não tem retórica o suficiente pra expressar desprezo, raiva ou desapontamento sem que tenha que chamar alguém de filho da puta.

Porque tá certo que algumas pessoas realmente merecem esse tratamento, mas acho de uma falta de elegância, de discernimento e de inteligência sair bradando por aí que professor é filho da puta porque deu um trabalho pra fazer, porque atendente do bar é filho da puta porque colocou o pão torto na hora de montar o sanduíche. Sei lá... acho desnecessário e fica muito na cara o quanto esse tipo tá querendo é aparecer. Não quer fazer o trabalho, meu bem? Salta do bonde agora, porque a coisa vai ficar bem pior. Quer o pão certinho no sanduíche? Faz você mesmo ou pede pra mãe, que é o que você deve fazer em casa. Aproveita e pede pra ela cortar em pedacinhos e tirar a alface.

E me deixe beber meu quentão em paz.
Porra.

01 junho, 2007

Colega-mala-escoteiro-em-potencial

Professor: - Então, arcabouço pode servir como uma tradução do termo "framework", muito utilizado em gestão.

O mala em questão (falando baixinho porque cansou de ser zoado): - Hmm... arcabouço teria alguma coisa a ver com aquelas pontes, que...

Professor: - Não, arcabouço não tem absolutamente nada a ver com CALABOUÇO...

Juro.

"Bad feelings about this", diria alguém.
Quero muito, muito estar errada.
Mais notícias na medida dos acontecimentos.

Como você se sentiria ao imaginar a possibilidade de que alguém possa ter observado cada detalhe da sua felicidade do alto de uma janela?