28 janeiro, 2009

desabafo

Já faz algum tempo que quero escrever um post sobre esse assunto. Na verdade nem sei se já não escrevi, porque é tão revoltante, e penso tanto sobre isso, que me parece quase impossível que nunca tenha escrito um nada sobre esse assunto.

Como já contei aqui e aqui o Arno tem uma moto e cansamos de passar por situações CRÍTICAS nessa moto, situações essas que não são, de forma nenhuma, criadas por nós. A cada situação dessas eu me desespero: Custa, custa, CUSTA um cara dirigir respeitando a vida dos outros? Nem falo sobre respeitar as leis de trânsito, porque falar sobre isso é chover no molhado, mas dirigir de forma ASSASSINA colocando em risco a vida de outra pessoa é uma coisa insana, que me revolta demais.

Já é tempo dessas pessoas pararem de pensar "Vou cortar a frente daquela moto", "Vou arrancar em cima daquele Corsa" e passarem a pensar que em cima daquela moto ou daquele carro existe UMA PESSOA, que tem UMA HISTÓRIA, que tem UMA VIDA e que, provavelmente, PREZA essa vida.

Cansei, gente, cansei de motoristas que jogam o caminhão em cima da gente, de motoristas de carro que ultrapassam colados na gente, de motoristas no carro DA EMPRESA - com 3 crianças dentro, sem cinto de segurança- , que aceleram o carro e ficam grudados na nossa traseira. Cansei de passar por situações em que se não fosse a perícia do meu namorado, eu poderia acabar grudada no asfalto debaixo da roda de uma carreta. Cansa, bate um desespero enorme, eu sinto um misto de raiva e tristeza imaginando o motivo de uma pessoa achar que a pressa dela vale a minha vida ou a do homem que eu amo. É pior que humilhante, é se sentir um nada, é como se você fosse uma mosca incomodando que pode ser esmagada se der na telha de um maluco.

Já tentei procurar soluções, de tentar imaginar uma saída, mas a única coisa que me ocorre é que quem aprendeu a dirigir assim ou gosta de dirigir assim, que procure lugares adequados pra arriscar sua própria vida, que morra, mas morra sozinho, desesperando a SUA família, quebrando o coração da SUA mãe, estraçalhado junto com sua ignorância dentro de um carro, mas que não leve ninguém junto, como fatalmente acontece.

Não quero morrer pelas mãos ou pelo volante de outra pessoa que sai de casa COM A INTENÇÃO DE MACHUCAR alguém. É triste demais, penoso demais. Nessas horas eu canso de gente, canso de saber que existe tanta gente nojenta por aí e eu quase desisto de viver em sociedade, sofro pelos meus sobrinhos tão lindos, ainda tão novinhos e quase desisto de pôr um filho nesse mundo podre. Mas o que me salva é que, juro pra vocês, eu tenho um pensamento que me acompanha há muito tempo: Basta UMA pessoa boa pra salvar o mundo TODO. Se eu criar o meu filho pra ser um bom cidadão, que ele tenha EMPATIA, que respeite o outro, que saiba da importância do VIVER E DEIXAR VIVER, eu ganho a partida.

Do mesmo jeito, sabendo que esse tipo de motorista jamais vai chegar no meu blog - e se chegar QUE VÁ EMBORA, JÁ! - conto com os meus leitores pra tentar mudar isso, como na história do beija-flor: Se você, leitor do Coisa, conhece algum motorista que tenha o costume de dirigir assim (porque, sim: eles têm família, namorada, amigos) dê um toque na criatura. Avise que aquela moça naquela moto que ele quase derrubou pode ser a Dani, que tem 24 anos, dois sobrinhos lindos, muitas alegrias e algumas tristezas na vida, que ela conta essas alegrias e essas tristezas num blog meio rosinha, com ovelhas, e que quer ter o que contar ainda por um bom tempo.

Avise que ela AMA estar viva e que quer continuar assim por um bom tempo.

26 janeiro, 2009

A pergunta que não quer calar

Por que será que as duas semanas que antecedem as férias duram 3 meses?

15 janeiro, 2009

Gente coisa é outra fina

Daí que almocei um sanduíche de mussarela, alface americana, tomate e PASTRAMI.
Sim, porque até sendo pobre, eu consigo ser FINA.

P.s.: Se almoçar todo dia no restaurante nesses dias em que estou trabalhando em turno integral, vou à falência antes de conseguir dizer "F*deu*".

09 janeiro, 2009

Daniela Castro's week off

Os ferimentos do acidente fizeram com que eu ganhasse um descanso forçado e um esporro da chefe na quadragésima terceira vez que telefonei:

- Fica em casa descansando esse pé! Só apareça aqui na segunda!

Apesar do corte no pé estar com uma aparência nada boa (infeccionou, claro. Porque só cortar é para os fracos) e das dores musculares estranhas que me fazem caminhar no estilo "passo de ganso"...

like a goose, not a ballerina with a webbed feet, DAMN!


... e considerando que quase todas as coisas divertidas a se fazer exigem um mínimo de mobilidade, logo percebi que ler e ver tv eram as únicas coisas a se fazer. Então, nessa semana pude:

- ler "Casório?!", da Marian Keys (essa escritora deve ter um sério problema com bebida. Não consegui ler uma página sem desejar que um mojito ou, ao menos, uma caipirinha de vodka se materializasse na minha frente), que emprestei da minha cunhada. Foram 642 páginas de uma historinha a la Bridget Jones onde a mocinha em questão tem uma relação péssima com a mãe, o pai é alcoólatra e ela só se apaixona por perdedores que não tem nem um pinto pra dar água. Em compensação também tem um amigo bonitão e rico caidinho por ela ¬¬

- ler "Os estranhos", do Stephen King.

Stephen King te despreza

Antes que morram de vergonha alheia devido ao meu deplorável gosto literário, deixem eu explicar a fórmula que explica a minha preferência pelo cara:

Stephen King = histórias looooongas, altamente esquizofrênicas e delirantes² + tudo o que eu preciso pra passar o tempo + um pé infeccionado x muita dor e acessos de auto-piedade para ler alguma coisa mais mais complexa do que a revista Nova

- assistir Sessão da Tarde e pedir a Deus que ilumine a mente dos responsáveis pela programação para que eles decidam passar Ferris Bueller's Day Off.

Minha piscina da Barbie e a churrasqueira do Ken para ver essa Ferrari despencando pela janela

Obviamente não fui atendida, o que me lembrou de que quando era pequena decidi não pedir mais coisas para Deus, que nunca me atendia mesmo, e sim ao Papai Noel, que ao menos me trouxe a Piscina da Barbie. Velhinho de barba branca por velhinho de barba branca...

- acabar de vez com a caixa de Ferrero Rocher que ganhei no amigo secreto do trabalho, tomando o cuidado de deixar sobrar uns 4, que no futuro me darão a falsa impressão de que não acabei com a caixa de Ferrero Rocher DE TODO.

- ter duas quedas bruscas de pressão devido ao calor senegalês dos últimos dias

- comer bem menos do que o usual, porque dói ir atrás do que comer quando se está com o pé infeccionado. Me senti o bicho doente da manada que é deixado para trás para morrer (dramática, eu? Nasci para o palco.)

- tentar escapar do senso de cavalheirismo do sobrinho que insistia em me "ajudar" a "caminhar" pela casa.

- Um tubarão mordeu a sua perna, tia Nani? :-O
- Ahn, não... eu caí da moto
- Daí um dinossauro veio correndo e mordeu a sua perna? :-O


06 janeiro, 2009

Dodói

Se já não bastasse o machucado em si que não me permite dar um passo que seja, atentem para a minha canela inexistente devido ao inchaço. Ou cair de moto desencadeou uma crise de elefantíase na pessoa ou meu pé achou por bem ficar assim parecido com uma bisnaguinha Seven Boys.

05 janeiro, 2009

Meo.

Fiquei fora de casa por 5 dias.

Terça-feira passada, minha sobrinha falava sílabas desconexas e grunhidinhos.
Hoje, quando acordei, ela estava formando frases com pronomes, verbos e adjetivos. Na ordem correta. Ao me ver enfaixada, disse com a certeza de um neurocirurgião: "Nôni tá dodói."

Medo.

Lentilha FAIL

Acaba de me ocorrer que não comi lentilhas no Ano Novo.
Será o fim do mundo que conhecemos?
Ainda vale comer lentilha hoje?
Crua?
Alguém ainda tem lentilha do Ano Novo em casa?
Eca. Quero não.

Se vocês soubessem do quanto vou precisar de platas esse ano, entenderiam o meu desespero.
O negócio é esperar até dia 29 e me entupir de nhoque.

Como conseguir achar graça nas suas próprias desventuras, lição 1

Contando para um colega no msn sobre o acidente de moto.

Dani diz:
se tivesse arranhado a minha bolsa nova...
Colega da Faculdade diz:
nao estrago nada dela?
Dani diz:
ficou inteirinha
Dani diz:
sem nem um arranhão
Colega da Faculdade diz:
humm
Colega da Faculdade diz:
q bom
Colega da Faculdade diz:
=)
Colega da Faculdade diz:
significa q é de qualidade
Colega da Faculdade diz:
hehe
Colega da Faculdade diz:
^^
Dani diz:
é... eu é que não sou
Dani diz:
tô toda arrranhada!
Colega da Faculdade diz:
ahsudhasudahuashdu
Colega da Faculdade diz:
uahdasudahsush
Dani diz:
fiquei deprimida agora
Dani diz:
sou feita com material de segunda
Colega da Faculdade diz:
hasudahsdu

Adeus ano velho


Meu adeus a 2008 foi dado na praia de Porto Belo, cumprindo mais uma meta, bebendo espumante comprado de última hora, vendo fogos de artifício coloridos e não-barulhentos em todas as outras praias da redondeza, vestindo lilás e abraçando bem forte o meu amor, depois de uma ceia gostosa na casa de pessoas queridas que só conheci por intermédio dele.

No mesmo feriado caímos de moto que resultou em ferimentos e um joelho super inchado que, pelo menos hoje, não vai me deixar andar, quanto mais trabalhar, jogamos vôlei, tomamos banho de mar e de chuva, brincamos com um cardume de peixinhos, pegamos carona com um pastor, encaramos um desvio imenso por causa da BR-101 interditada, fiz bolo de chocolate, pavê e estrogonofe de camarão.

Foi bom :-)