31 março, 2008

Brrrr!

Ok, folks! Momento dramaqueen é finito.

No sábado fui jantar com o namorado numa galeteria que tinha uma salada ótima de rúcula, tomate seco e cebola roxa. Também tinha uns pasteizinhos de queijo e um antepasto de alguma coisa roxa não-identificável. A propósito, você sabe que a galeteria não é grande coisa quando o galeto em si não é digno de nota e quando oferecem tortéi DUAS VEZES pra mim. Tipo, eu pensava que todo mundo no mundo soubesse que eu odeio tortéi... Mas posso ser apenas muito mimada.

Muito bem.

Daí no domingo, namorado queria porque queria ir pra Cambará do Sul, mas, embora eu sempre tope essas paradas com ele, não achei que era uma boa. Encasquetei que teria fog londrino cerração e eu não conseguiria ver os cânions. Daí eu bateria o pé no chão e reclamaria do frio e das FUCKING NUVENS atrapalhando tudo. Acho que pintei um quadro bem realista do meu pití, porque o namorado não discutiu muito e achou que tudo bem se a gente fosse até São Francisco de Paula.

Acho que sou mesmo um pouco mimada.

Chegando em São Francisco, me deu um aperto no coração de ver aquela gurizadinha sem ter nem um cineminha mequetrefe pra ir, todos amontoados na praça central (tinha uma menina lá que não tinha nem espaço pra sentar no banco, de forma que 2/3 da bunda dela estavam pra fora do banco), todos com aquela carinha de "cara, o que a gente faz? cara, o que a gente FAZ?" acompanhado de olhos arregalados, movimentos repetidos e dedos mexendo nos celulares obsessivamente. Se eu não tivesse visto a antena da Claro lá, juro que estaria borrada de medo até agora. Prefeitura de São Francisco! Bora providenciar bancos extras e uns showzinhos de róqui pra gurizada? Gracta!

Aquela cidade é um remake de "Colheita Maldita" esperando pra acontecer. < /dica >

Quando estávamos saindo da cidade em busca de um café quente, paramos na estrada e vimos uma cena bonita. A curva de um lago, dois pescadores, pinheiros, céu azul, campos até perder de vista. Parecia cena de cidade do interior americana. Só faltou a bola de feno cruzando a estrada...

Olha a frenteeeee!

Chegamos em Canela, tomamos um capuccino morno e voltamos pra casa, porque o Arno estava no antepenúltimo estágio do frio: Aquele em que a gente treme e reclama o tempo to-do. Pra quem não conhece, vem logo antes dos dedos gangrenados.

P.s.: Sem fotos dessa vez porque a tia dona do único camelô aberto queria cobrar 25 contos por 4 pilhas recarregáveis.

29 março, 2008

http://www.explodingdog.com/
O fim da esperança

Durante muitos anos eu me esforcei para manter laços com uma pessoa que descobri ser alguém totalmente diferente do que eu pensava, que nunca se deixou conhecer. Sempre fomos diferentes, mas eu, do fundo do coração, queria acreditar que não era tarde pra termos uma relação melhor do que tínhamos. Hoje, com dor, percebi que os laços frágeis que eu tanto tentei criar e preservar, acabaram se rompendo de forma definitiva pela falta de honestidade e caráter de alguém que eu sempre procurei amar e proteger. Meu coração foi irremediavelmente partido e ferido, como só as pessoas que amamos muito são capazes fazer. Nada mais, nunca mais, vai ser como imaginei, porque se tornou totalmente impossível e a decisão que tomei me deixa arrasada, mas não quero mais por perto alguém que engana, que mente, que dissimula. Alguém que, por ter uma alma tão feia e doentia, não pode se revelar por completo. Somente a quem possui a alma tão corrompida quanto. Por saber que o amor só pode resistir enquanto resta algum respeito, essa noite, uma das mais tristes que já vivi, vou dormir sabendo que não tenho mais amor nenhum por alguém que sempre amei.


28 março, 2008

CoisaDaDani apresenta: Movimento pelo fim da inclusão digital!

a nave da xuxa abriu e eu vi ela sair
Sorte a sua. Imagina se tivesse acontecido isso:



Vem gentchi! Vem gentchiii!

bolhinhas que ardem e coçam na bunda
Chega de embromar! Vamos à parte importante... Pegou como?

como exterminar os pensamentos negativos
Detefon?

como posso passar herpes pro meu marido
"A vingança nunca é plena. Mata a alma e a envenena."

frases para convites de aniversario para meninos de 9 anos
Mais um desafio para o gerador de lero-lero.

grandes frases egocentricas
Eueueueueueueueueueueueueueueueueueueueueueu.

merthiolate arde
Ô.

procurar o creme de mousse de morango
Não tô a fim, e aí? Vai fazê o quê? Cai dentro! Cai dentro!

qual o valor de uma pipa de carvalho
Você é da família Diniz? Rockfeller? Gates? Não? Então não é pro seu bico. Procure outro hobby. Tipo, artesanato com garrafas pet.

tirar aspecto de ensebado do cabelo
água+sabão, essa mistura mágica e tão subestimada por alguns...

sair por ai lá fora como uma louca louca lálálá..
A-mei a performance.



Ainda não sei o que é pior: Pessoas pesquisarem esse tipo de coisa no Google ou acabarem caindo aqui.

27 março, 2008



Comida de hospital

Mama is back. De acordo com a médica, a cirurgia foi ótima, minha mãe se recuperou bem, só passou a noite no hospital e hoje mesmo, ao meio-dia, voltou pra casa.

Quando cheguei no hospital, passei na cafeteria e comprei uma salada de frutas com sorvete de creme pra mãe, mas achamos fraquinha. Parece que o negócio deles é o capuccino mesmo. Logo o almoço dela chegou: arroz, feijão (só o caldinho), refogadinho de cenoura e vagem, batatas cozidas, uma salada de abobrinha cozida, um pseudo-strogonoff de frango (assim parecia) muito passável e de sobremesa, pudim. Tudo com um aspecto ótimo. Comida de hospital com todo jeitinho de comida de casa.

Quando a minha mãe abriu a tampinha do pudim, espichei o olho. Vi um pudinzinho bem furreca, sem textura, sem furinhos... Lembrei na hora do pudim que eu faço, que faz a alegria do namorado e do pessoal aqui de casa.

Pudim de Leite

Ingredientes:
2 latas de leite condensado
A mesma medida de leite
5 ovos

Calda:
1 xícara de água
2 xícaras de açúcar refinado

Em uma fôrma com buraco no meio, misture o açúcar refinado com a água e leve no fogo sem mexer, até ficar com cor de guaraná. Caramelize a fôrma por igual. Reserve.

Bata os ingredientes do pudim no liqüidificador, mas bata meeeeesmo, pra tirar aquele cheirinho de ovo. Despeje a mistura dentro da fôrma caramelizada, mas tenha o cuidado de verificar se a calda está em temperatura ambiente, caso contrário, o pudim pode talhar.

Para assar o pudim a maioria das pessoas opta pelo forno, em banho-maria. No entanto, eu faço como a minha vó, coloco um pouco de água com vinagre dentro de um panelão que ela tem (o vinagre serve para que a panela não escureça enquanto a água ferve lá dentro), espero ferver e coloco a fôrma do pudim, fechada, lá dentro, com a tampa da panela meio fechada, por uns 40, 50 minutos. Pra quem quiser assar no forno, basta colocar a fôrma dentro de um recipiente com água e levar ao forno até passar no teste do palito. Não fica doce demais e nem enjoativo, como outras receitas de pudim que levam leite condensado. Muito bom e simples assim.

26 março, 2008

A fome, a pedra e o capuccino

E daí que ontem, fazendo exames de rotina, a mãe descobriu que tinha cálculos na vesícula e numa rapidez de dar inveja a muito hipocondríaco, marcou cirurgia pra hoje mesmo.

Chegamos no hospital ao meio-dia e a cirurgia começou às 14:50h. Levei um livro e fiquei por lá, lendo e passando fome, já que não tinha almoçado e nem tomado café.

Sim, meu humor estava ótimo. < /ironia >

Exatamente uma hora depois, fui chamada por uma voz. Olhei pros lados, pra cima, embaixo da cadeira... Nada. Na dúvida, respondi:

- Deus?

Não, era a médica que estava numa janelinha dentro de uma sala escondida. Achei ótimo o layout. Ela se apresentou, disse que a cirurgia tinha corrido muito bem e... ME ESTENDEU A SERINGA COM A FUCKING PEDRA QUE ELA TIROU DE DENTRO DA MINHA MÃE!!!

Fiquei uns dois segundos olhando, olhando. Daí, a médica, pra me dar coragem, falou:

- Guarda... Ela vai querer ver quando acordar.
- Na... minha... bolsa...?
- É, pode ser.
- Gah...

Nisso a médica se despediu, eu agradeci e ela disse que ia demorar umas 4 horas pra mãe acordar da anestesia e que durante esse tempo ela ficaria na sala de recuperação. Saí da salinha , guardei a "pepita" da mãe e fui tomar um capuccino. Porque é isso que se faz quando se carrega lixo hospitalar na bolsa.

Quando fui pagar, vi a seringa perto da carteira e me dei conta da situação: Aqui estou eu, tomando um capuccino, com uma pedra tirada da vesícula da minha mãe. Achei fino.

Agora são 19h e ligaram aqui pra casa dizendo que a mãe acabou de acordar. E mandou dizer que tá louca pra ver a pedrinha.

25 março, 2008

Porque Páscoa é o que é.

Você abre dois ovos e tem um Batman patrulhando a casa. Usando o relógio do Shrek.


Você tem um namorado, que conhece seus gostos como ninguém, te mima com um ovo delícia feito com creme de avelã e ainda completa o pacote com trufas incríveis.


E no final das contas, não dá outra: Você peca.


21 março, 2008

Os diálogos de novela mais legais de todos os tempos.

- Maria, você está chorando? O que aconteceu?
- Meu namorado (chuif)... O grande amor da minha vida... Foi atacado, baleado e levado por um dinossauro.
- Ai, coitado.

Wtf... oO
Minutos depois, o diálogo era entre duas mulheres, sendo que uma delas vive no mar...

- (Ok, você vive no mar, mas) poderia ser modelo!
- ??
- É... fazer fotos publicitárias!
- Er... mas o que é isso?
- Tá, nada não. Esquece. Por acaso você sabe onde o dinossauro deixa suas vítimas?
- O velociraptor?

Muito Jurassic Park na Sessão da Tarde dá nisso. Você mora no mar, não sabe o que são fotos, mas sabe até as diferenças moleculares entre um T.Rex e um estegossauro.


20 março, 2008

Tomates Amendoins VERDES fritos torrados

Bom, tudo começou como sempre começam os grandes desastres: Num pequeno detalhe. No caso, uma colher de chá de bicarbonato de sódio.

No intuito de ser uma dessas vovós que recheiam cascas de ovos com amendoins torrados para o netinho, minha mãe comprou um saco de amendoins, catou uma receita de fé num dos cadernos e arregaçou as manguinhas. Açúcar, amendoins e água numa panela, mexer, mexer, mexer. Parecia não ter segredo e tudo foi se encaminhando bem. Nisso, ela vira pra mim e pergunta:

- Tem bicarbonato de sódio?
- Ahan. Comprei faz nem uma semana.
- Ótimo, porque vai.
- Vai?
- Vai. Diz na receita.
- Ok...

Bicarbonato em mãos, ela mede uma colherzinha de chá e junta ao amendoim. O cheiro da mistura muda instantaneamente.

- Mãe...
- É assim, mesmo.

Não me contive e fui dar uma espiada na panela, que ela continuava mexendo.

- Mãe! Isso tá VERDE!
- Er... é, né? Mas acho que é assim mesmo, sabe? Bicarbonato escurece as coisas, tipo bolo de chocolate, fica mais marronzinho...

Minha mãe, a eterna otimista.

- Mãe! Oi? O negócio ficou verde! Abortar missão!
- Não, não, a cor vai mudar...

E assim, ela levou o troço até o fim, na fé. E no final das contas, a cor realmente mudou: Do verde mais verde que você já viu para o preto mais preto que você já viu. Entendeu o drama?

Quem não matou a aula de química pra jogar truco no bar e souber explicar a reação química que resultou nos amendoins verdes, esteja à vontade. Mas antes do Matheus abrir os ovinhos, se não for pedir muito...

19 março, 2008

O Tempero da Vida

Poucas pessoas entendem a minha relação com a cozinha. Nem meu namorado, com quem estou há mais de dois anos, e que muitas vezes consegue me entender melhor do que eu mesma, compreende muito bem. Pra ele a comida ocupa o lugar que as outras necessidades primárias como respirar e dormir ocupam. Ou seja, ele come para saciar a fome e termina por aí. Mas pra mim, cozinhar é mágico. Talvez isso explique porque, enquanto eu estava despertíssima às duas da madrugada de um domingo assistindo "O Tempero da Vida", o Arno roncava sem cerimônias na cama.

A história toda se desenrola a partir do ponto de vista de Fanis, menino que foi criado ouvindo os conselhos do avô, que misturavam culinária e filosofia. Para alguém que adora cozinhar, foram muitos os suspiros durante os quase 110 minutos do filme: Desde as especiarias no armazém do avô de Fanis relacionadas ao sistema solar numa improvisada aula de astronomia, passando pelas delícias gregas e turcas preparadas pelas mulheres da família. Muitas risadas, como nas cenas onde uma avó que sofre do mal de Parkinson se livra dos tremores subitamente, mas volta a senti-los quando se agarra ao sacolejante copo da novidade chamada liquidificador, e alguns apertãozinhos na garganta, como quando o pai de Fanis expressa toda a tristeza por ter sido forçado a deixar a terra que amava.

Poucas músicas, poucos filmes tem tanto poder de me comover como os livros e é realmente essa a impressão que tive enquanto assistia "O Tempero da Vida", de ter aberto um livro e me entregado a uma história incrível.

Cada um tem seus parâmetros e padrões para medir o que gosta ou não, alguns usam estrelinhas, comparações, outros notas. Eu, prefiro ficar no mais simples, digo que gosto de um livro quando queria tê-lo escrito, de uma música quando queria tê-la composto. Certamente, se eu rodasse um filme, adoraria que tivesse, ao menos, a atmosfera mágica da história de Fanis.

Aprovadíssimo.


16 março, 2008

Idiossincrasias

Quando eu desdobro alguma coisa, jamais consigo dobrar novamente da forma como estava.
O que se torna um saco quando lido com bulas de remédio, já que uma vez desdobradas, se forem dobradas da forma incorreta, elas jamais entram na caixa de novo.

Muito chato.

08 março, 2008

Coisa de louco.

Sonhei que estava fazendo um pão de chocolate. Ou melhor, sonhei que adaptava minha receita de calzone (!) para um pão de chocolate. Tinha que ver a preocupação em ter certeza de que estava adicionando cacau em pó em vez de chocolate em pó à receita. A gente sabe que gosta de cozinhar quando até em sonho cozinha, inventa receitas, chegando a sentir os sabores. Incrível.

06 março, 2008

Primeiras impressões do semestre

E ontem foi o meu primeiro dia na Puc. Não fui na segunda por preguiça, na terça por motivos de força maior que culminaram em uma pizza em família. A biblioteca está um caos de dar dó. Parece que os tapumes de antes resolveram usar as férias pra se reproduzirem enlouquecidamente e agora estão lá por TODOS os lugares, eles e aquele pó de cimento que gruda em tudo. Nessas horas me bate uma saudade tão grande da biblio da Unisinos...

Como saí de casa meio atrasada pra pegar o ônibus das 16:30h, não deu tempo de tomar um café decente e acabei precisando recorrer aos bares da Puc. Desde o semestre passado, achava que um iogurte natural, sem conservantes, com pedacinhos de frutas que via por lá seria o ideal. Qual a minha surpresa quando vi que o potinho de 200ml custava R$3,60! Vou precisar de outras alternativas, porque pagar esse preço num iogurte ou encarar aqueles salgados, de jeito nenhum.

Por falar em ônibus, o pessoal que pega o Sogil pra voltar da faculdade estava indignado. Na segunda e na terça o ônibus só foi aparecer por volta da 1h da manhã, quando o horário normal é às 22:30. Tão de brincadeira, né?

No geral, não deu pra ter certeza de como serão as aulas. A minha professora de programação parece entender do riscado e passar o conteúdo de forma clara. A outra professora, de Adm, tem uma dicção péssima (mastiga palavras... tipo, "liuvro") e parece ser gente finíssima.

Então é isso, tomara que essas impressões se mantenham e que a biblioteca se transforme num lugar frequentável depois de concluída a reforma, porque tá foda.

01 março, 2008

Brownies


E tem como não gostar?