29 abril, 2006


"Meu Deus, o que é que esse menino tem?
Já suspeitavam desde eu pequenino.
O que eu tenho? É uma estrela em desatino...
E nos desentendemos muito bem!"

Mario Quintana

27 abril, 2006

Entre arlequins em Veneza...
By Pi*
Medo de mostrar quem se é... Isso é bem estranho, sabe... Medo de ser uma pessoa interessante, por acaso? Creio que é o receio de se descobrir como alguém significativo, mesmo não tendo escrito um livro, plantado uma árvore ou faturado um milhão na mega-sena.

Tem muita gente que se esconde num carnaval de Veneza, ou até mesmo dentro daqueles bailinhos de máscaras bem chinfrins onde os que não sabem sambar acompanham a música com os indicadores pra cima, sabe? (bom, mas isso não vem ao caso). E como são indecisos... Não conseguem encontrar uma fantasia que lhes caia bem.

Depois de colocar e tirar tantas e tantas caras, tantas e tantas máscaras, não duvido que o sujeito acabe se embananando de vez e esquecendo quem realmente é (se é que um dia soube... ou fez questão de saber).

A priori, todas as pessoas são dignas de se conhecer. Mesmo que tenham como único objetivo de vida comer as mulheres mais gostosas do mundo, mesmo que cutuquem o nariz com o dedo mindinho, ou ainda, que sejam perseguidas por um incomum medo de andar de escada rolante.

Hmmm. Acho que essa idéia tem, também, algo a ver com a minha mania recalcitrante de pensar que por mais idiota que as pessoas possam parecer, elas sempre têm algo de bom no fundo... Às vezes beem no fundo...Ok, ok... Um fórceps é necessário em algumas ocasiões.

*Pi. Amiga, colaboradora, jornalista (com registro, rá!) e ímã de esquisóides.

E...e...Tinha uma nuvem...

26 abril, 2006

Assumindo a minha total ignorância botânica...

Alguém lembra da minha vontade de ter uma figueira no quintal? Poxa! Eu fazia desenhinhos e tal... (Lembra, Mari?) Pois é, lendo o blog dela descobri que estava tudo errado: Eu quero é uma oliveira no meu quintal!

E agora, como eu faço pra plantar uma oliveira? Ou uma "azeitoneira" como disse o meu colega de monitoria aqui... Enquanto não descubro, vou continuar cuidando do meu manjericão gerado espontaneamente, da cerejeira que ainda se revolta por não estar no Japão e evitando que a árvore da calçada seja totalmente escalpelada pelos caras da RGE.


Lindona, né?

24 abril, 2006

Labradores são lindos

E tranqüilos.
E fofos.
E inteligentes.
E adoram brincar.
E aturam a Dani por horas a fio sem reclamar.

Quero um pra mim...


23 abril, 2006

Descobri

... que eu não conseguiria deixar meu coração em outro continente.



Rio Arno - Florença, Itália.

22 abril, 2006

It rings a bell?

Encontro minha mãe assistindo aquela monstruosidade psicodélica que é a abertura do 007. Impressionante como não gosto daquilo desde quando
o Aquaplay e o Lego disputavam a minha atenção e o meu senso estético afirmava que a nave da Xuxa combinaria super bem com os sofás da sala lá de casa.

It rings a(nother) bell?

Em compensação, descobri que adooooro Aretha Franklin (o refrão de "Rescue Me" não sai da minha cabeça por nada) e que a Carla Bruni faz um
as musiquinhas pra lá de boas: "La Dernière Minute", por exemplo. A música tem a duração exata e cro-no-me-tra-da de um minuto, é cantada num francês bem rápido e é cheia de simbolismos. Representa a importância dessa fração tão pequena do tempo de uma forma linda, simples e delicada.



"Juste encore minute, juste encore minute,
Pour un dernier frisson, ou pour un dernier geste,
Juste encore minute, juste encore minute,
Pour ranger les souvenirs avant le grand hiver,
Juste encore une minute... "

21 abril, 2006

Ná...

Tá lá ainda.

Ah, tá...

Só eu vi?


Na tampinha

E o Orkut cortou o barato da galera...


20 abril, 2006

Pra não esquecer

Se alguém diz:

- É tipo bala de gengibre. Experimenta.

Não dê ouvidos à sua hipoglicemia que fica martelando "Bala! Bala! Bala!" na sua cabeça. As duas palavras verdadeiramente importantes na frase acima são: "tipo" e "gengibre". A palavra "bala" é supérflua. Eu teria evitado um acesso de tosse e um possível paladar arruinado no almoço se tivesse lembrado disso.

Ser gastronomicamente destemida ainda vai me criar sérios problemas. Ah, se vai...


Alguém que eu adoro vai se perguntar:

"Pô! Mas porrrrque ela entrou na página se tem a-barrinha-do-Google ali no canto do Firefox?"

Respondo:
Hábito e anos de doutrinação windowsiana, dos quais você está me livrando... :)


zzzzzzzz...

Quase uma hora da manhã, acesso o Google e vejo isso:


Pensamento: "É, Dani... Hora de dormir."

17 abril, 2006

Brrrrrr

Frio (de fazer "brrrrr") às 17h, saindo da faculdade. Daí você se pergunta como é possível que, há menos de dez dias, você estivesse assistindo desenhos de short e tomando sorvete com seu sobrinho. Parece coisa de outro país, de outro hemisfério, mas não se engane: É coisa do Rio Grande, mesmo... Então chega o frio que dá fama a esse estado e você procura uma blusa mais quentinha, um suéter, em resumo, roupa de frio. Com isso, você relembra três coisas importantes:

1. Lã pinica

2. Roupas de frio guardadas por meses no armário, ficam com cheiro de... roupas de frio guardadas por meses no armário. E dá-lhe confort.

3. Escrever sobre o tempo no seu blog não é um bom sinal...


13 abril, 2006

Quando a ansiedade da busca não mede as conseqüências da entrega

* Ele te conhece há dois meses e vocês vão se casar.

* Ele comenta que deseja abrir uma conta-corrente em seu nome, que quer depositar todo mês algum dinheiro pra você e pra sua filha de 15 anos. Você entrega seus documentos todos e ele volta dizendo que abriu a conta e que o cartão do banco chegará pelo correio em breve. Sua assinatura foi necessária pra abertura da conta? Nããão... ele conhece todo mundo, todo mundo o conhece, isso não é preciso...

* No mesmo dia ele comunica que colocou todos os bens dele no seu nome. Ele continuará administrando, mas a dona de tudo é você. Aproveitando que estava com seus documentos, ele foi até o cartório para providenciar o casamento.

* Ele diz que já que vocês vão casar em breve, precisam de uma casa nova. Na semana seguinte, ele dá a notícia de que a casa já está sendo construída: Dois andares, cinco quartos, três banheiros, academia completa com todos os aparelhos, onde você gastará seu tempo livre - já que ele não quer que você trabalhe pra não estragar suas unhas - piscina, churrasqueira e uma garagem enorme pra comportar os dois carros e a moto novinha que ele tem. Vinte pedreiros estão trabalhando dia e noite pra entregar a casa logo. Mas é surpresa, você só poderá vê-la assim que estiver pronta e totalmente mobiliada.

* Ele diz ser fotógrafo, desenhista, projetista de aviões, militar da aeronáutica aposentado, psicólogo e trabalha em uma câmara de vereadores.

* Você nunca foi na casa dele, mas ele sempre vai visitá-la. De bicicleta, porque ele sofreu um acidente de moto há seis meses e não pode dirigir os dois carros importados que tem na garagem. Você vai vê-los quando forem morar na casa nova...

* Mas, com razão, você está ansiosa e passa a insistir cada vez mais para conhecer o lugar onde vão viver. Ele acaba concordando e diz que no próximo sábado, irá levá-la pra conhecer a casa.

* Na sexta-feira, ele passa o dia inteiro sem atender suas ligações. À noite ele liga e, com uma voz bem baixinha, conta que sofreu um acidente e está todo quebrado no hospital.

- Que horror! Mas que hospital?
Ele não sabe.
- Mas o que você quebrou?
O braço. Não, a clavícula. Não, a coluna.
- Eu vou te ver!
Claro... ele vai mandar alguém leva-la até lá pela manhã.

* O dia seguinte passa e ele continua sem atender suas ligações. À noite, ele volta a ligar e diz que foi transferido para o hospital da aeronáutica, já que é militar aposentado. Não vale a pena você ir visitá-lo, porque o horário de visita é só de meia hora...

E você continua esperando...

Essa é uma história totalmente real. Bom, pelo menos o meu texto é.
O resto fica a seu critério. Eu apenas apresentei os fatos.

09 abril, 2006


Preciso voltar. Voltar para a alegria despretensiosa de um almoço de terça-feira e para o suspiro rosa de cada fim de tarde. Preciso passar os vinte minutinhos que me restam antes do ônibus sair, dentro do sebo poeirento que fica ao lado do museu das botas gigantes. Aquele lugar abarrotado de cima a baixo por livros improváveis, onde você não consegue dar dois passos sem esbarrar naquele que comprou Dom Quixote sem capa e naquela que tenta esconder os romances de banca de jornal atrás dos volumes I e II do Tratado Sobre Pteridófitas do Devoniano. Preciso voltar para as florzinhas amarelas esmagadas no chão da praça - As mesmas flores que me lembram de um enterro que nunca existiu na cidade que só existiu na mente do meu escritor preferido. Preciso voltar a encontrar o Poeta imortalizado dentro da estátua de bronze e na essência de cada verso de amor e saudade escrito por lá. Preciso voltar a caminhar nas ruas da Cidade Baixa que é o único lugar do mundo em que você ouve uma cantada bem educada de um travesti mal montado e ganha uma goiaba com gosto de faz-tempo do senhor que vende frutas e flores na esquina. É pra lá que quero voltar. Para ela. Para os navios sem dono e para a cúpula de cobre. Para os perfumes caros e para o cheiro de pipoca de cinqüenta centavos. Para relembrar e para esquecer. Para construir. Tentar de novo. Para fazer parte do encanto frágil da cidade que me conquistou para sempre.

Preciso voltar para Porto Alegre.


07 abril, 2006

Para eles...

"Uma mulher não suporta a idéia de ser igual a todas; ninguém suportaria. As mulheres não são unânimes; são discordantes entre si. Quantos idiomas morreram pela crença de que as mulheres são uma única mulher?"

Ele é um moço que sabe das coisas.

06 abril, 2006

Nunca tive um gato...

02 abril, 2006

Woodstock,

Meus escritores preferidos já não são mais os mesmos e as músicas que não saem da minha cabeça são outras. Conheci pessoas legais nos lugares mais inusitados e descobri que elas estão prontas pra fazer uma ligação por você, te oferecer um sorriso, um copo de água e embarcar nas suas neuroses com a maior naturalidade.

Estive nos lugares mais improváveis pra mim: Todo mundo me reconhecia pelo sotaque e mais cedo ou mais tarde acabavam perguntando se estava frio nessa terra que quase encosta os pés na Antártida, mas tem uma quedinha pelo clima de deserto tunisiano. Conheci seis cidades em 15 horas, estive no céu e no inferno no mesmo dia ("Céu" é literal, "inferno" não) e consegui me sair bem nos dois, porque tudo o que você perde indo parar em um lugar desconhecido, ganha em determinação pra enfrentar a ínfima porcentagem do mundo que espera que você se dê mal e coragem pra trazer pra perto do coração aqueles que realmente importam: Quem tem o poder de te fazer sentir inteiro.

Sei que ainda vale a pena, Woodstock. Ainda que você não seja mais tão amarelinho quanto antes e quase não consiga voar direito. Tem alguém aqui que não esqueceu aquele sorriso de quem vai crescer e se tornar adulto um dia. "Mas não hoje. Pra que a pressa, né?" Sim, eu sei que muita coisa mudou, mas aquela livraria nunca deixou de ser meu sonho de consumo, o livro de chocolate ainda me dá fome e, como sempre, a primeira frase dos meus textos só tem a função de me fazer começar a escrever e é sumariamente apagada quando chego na última linha. Sim, muita coisa mudou, mas o mais importante é que os meus olhos não mudaram pra pior só porque viram mais coisas.

A vida não gosta de te ver sossegada, você disse. E eu digo que se você quiser ser o meu “hopeless case”, eu topo a parada. E por um motivo muito simples: Você nunca deixou de ser meu amigo, Woodstock.

01 abril, 2006

Pra constar...

O post abaixo foi o centésimo desse blog, mas façamos de conta que ele não está ali e consideremos ESSE o 100° post.

Esquece, eu sei que você vai olhar ali embaixo, mesmo...

:P pra você.

Ninguém mais segue instruções nesse mundo-caos.



Apagado.


E não, adepto da teoria da conspiração, não tem nada a ver com a data.
Isso era só um post-idiota que não teve a mesma sorte dos outros-posts-idiotas e acabou indo pro lixo.
Insônia é horrível.
Eu-sei.