O fim (oficial?) da via crucis
Juro que estava bem mais calma hoje. Noite passada, deitei na cama e dormi como um trator. Sim, porque, de acordo com o Arno, ronquei horrores, devido ao meu nariz completamente congestionado e ao cansaço desses dias loucos. Acordei bem, tomei um banho quentinho, comi granola com iogurte e banana picada (Bah! Sério?! Que novidade!), almocei um nada, a tia e o Arno foram buscar o carro no conserto e depois saímos eu, a mãe, a tia e o Arno pra ir até o HPS ver o vô, - que vai receber alta sábado!! (momento pulinhos de felicidade) - levar a vó no cartório pra assinar um dos 1457 papéis que eu preciso e depois juntar tudo etocar fogo levar na Puc. Sim, esse seria o plano original, mas não esqueçamos que esse blog é meu, lembra? Eu, a Dani do pneu furado, do policial comédia da delegacia, do cogumelo de fumaça e blablabla. Situados que estamos, continuemos.
Chegamos no HPS, demos um oizinho pro vô e recebemos a notícia de que ele tentou fazer o que nem os detentos que estão internados na mesma ala que ele ousariam: Fugir. Contou a vó que ela chegou no hospital de manhã e ouviu de um dos seus novos amigos com ampla ficha criminal, o Bira:
- Tia! O vô tentou fugir essa madrugada!
O Bira é um presidiário que dia desses, ao me ver colocando sal na sopa do vô começou a falar "Hmm... hoje eu quero tomar sopinha. Tô doentinho". Morram de inveja do meu admirador-vida-bandida.
Depois as enfermeiras confirmaram a história:
- Ahan! O Bira viu ele tentando sair da cama e gritou pra gente "O vô tá tentando escapar!"
Tipo, certeza que o vô deve ter ficado muito puto com ele.
Depois da visita, documentação da Puc prontinha, entramos todos no carro para... descobrir que o cabo do acelarador (prazer, Dani) tinha arrebentado. Não tenho a menor vergonha de dizer que abandonei o barco. E levei o Arno junto comigo. Deixamos a mãe e a tia no carro esperando o socorro mecânico do meu tio e pegamos uma lotação pra Puc. Lá, obtive, mais uma vez, a confirmação de que eu tenho um SENHOR senso de direção (só entrei na Puc duas vezes, a primeira em 2001 e a segunda há oito dias) e encontrei rapidinho o prédio e a sala que fica o pessoal responsável pelo Prouni. Fiz o pré-cadastro no site deles e o atendente me disse que ele ia me pedir os documentos um por um e eu entregaria, passando pelas trocentas declarações que eu tinha. Pasmo com a papelada completíssima que eu levei, ele comentou com o colega dele lá:
- Bah... Eu queria que todos que eu atendi fossem que nem ela. Tem tudo aqui!
Sei lá... interpretei como um bom sinal, mas não vou me empolgar, não. Melhor esperar o resultado.
Saímos da Puc às sete da noite, pegamos o ônibus até o HPS, onde ainda estavam a mãe, a tia e o cabo do acelerador gentilmente amarrado com um barbante pelo meu tio, que dever ser um mecânico certificado pela... sei lá... Hot Wheels? Olha, de mecânica eu entendo o seguinte: Carro tem quatro rodas, um volante e anda por mágica. Pronto, acabou. Mas, pelo que eu pude entender, quando vc empurra o pedal do acelarador, vc puxa esse maldito cabo, que faz a aceleração. Como o cabo estava rompido, o tio amarrou um barbante, que matinha o carro acelerado permanentemente em espantosos... 10 km/h. Prestenção: Se vc sabe o que é cruzar a Venâncio Aires e a Osvaldo Aranha a 10km/h, com chuva, e andar na freeway a 35 km/h, no máximo, me avisa que precisamos fundar um grupo de apoio pra nos livrar do trauma, ok? Pra vc que não tem idéia do que é, te digo que é uma coisa mais ou menos assim: Dani olhando pela janela: Oi, árvore... meia-hora depois... tchau, árvore. Quase duas horas pra fazer o percurso que geralmente fazemos em trinta minutos.
Blog atualizado, documentação entregue, agora só quero minha cama. Por uns três dias, no mínimo.
Juro que estava bem mais calma hoje. Noite passada, deitei na cama e dormi como um trator. Sim, porque, de acordo com o Arno, ronquei horrores, devido ao meu nariz completamente congestionado e ao cansaço desses dias loucos. Acordei bem, tomei um banho quentinho, comi granola com iogurte e banana picada (Bah! Sério?! Que novidade!), almocei um nada, a tia e o Arno foram buscar o carro no conserto e depois saímos eu, a mãe, a tia e o Arno pra ir até o HPS ver o vô, - que vai receber alta sábado!! (momento pulinhos de felicidade) - levar a vó no cartório pra assinar um dos 1457 papéis que eu preciso e depois juntar tudo e
Chegamos no HPS, demos um oizinho pro vô e recebemos a notícia de que ele tentou fazer o que nem os detentos que estão internados na mesma ala que ele ousariam: Fugir. Contou a vó que ela chegou no hospital de manhã e ouviu de um dos seus novos amigos com ampla ficha criminal, o Bira:
- Tia! O vô tentou fugir essa madrugada!
O Bira é um presidiário que dia desses, ao me ver colocando sal na sopa do vô começou a falar "Hmm... hoje eu quero tomar sopinha. Tô doentinho". Morram de inveja do meu admirador-vida-bandida.
Depois as enfermeiras confirmaram a história:
- Ahan! O Bira viu ele tentando sair da cama e gritou pra gente "O vô tá tentando escapar!"
Tipo, certeza que o vô deve ter ficado muito puto com ele.
Depois da visita, documentação da Puc prontinha, entramos todos no carro para... descobrir que o cabo do acelarador (prazer, Dani) tinha arrebentado. Não tenho a menor vergonha de dizer que abandonei o barco. E levei o Arno junto comigo. Deixamos a mãe e a tia no carro esperando o socorro mecânico do meu tio e pegamos uma lotação pra Puc. Lá, obtive, mais uma vez, a confirmação de que eu tenho um SENHOR senso de direção (só entrei na Puc duas vezes, a primeira em 2001 e a segunda há oito dias) e encontrei rapidinho o prédio e a sala que fica o pessoal responsável pelo Prouni. Fiz o pré-cadastro no site deles e o atendente me disse que ele ia me pedir os documentos um por um e eu entregaria, passando pelas trocentas declarações que eu tinha. Pasmo com a papelada completíssima que eu levei, ele comentou com o colega dele lá:
- Bah... Eu queria que todos que eu atendi fossem que nem ela. Tem tudo aqui!
Sei lá... interpretei como um bom sinal, mas não vou me empolgar, não. Melhor esperar o resultado.
Saímos da Puc às sete da noite, pegamos o ônibus até o HPS, onde ainda estavam a mãe, a tia e o cabo do acelerador gentilmente amarrado com um barbante pelo meu tio, que dever ser um mecânico certificado pela... sei lá... Hot Wheels? Olha, de mecânica eu entendo o seguinte: Carro tem quatro rodas, um volante e anda por mágica. Pronto, acabou. Mas, pelo que eu pude entender, quando vc empurra o pedal do acelarador, vc puxa esse maldito cabo, que faz a aceleração. Como o cabo estava rompido, o tio amarrou um barbante, que matinha o carro acelerado permanentemente em espantosos... 10 km/h. Prestenção: Se vc sabe o que é cruzar a Venâncio Aires e a Osvaldo Aranha a 10km/h, com chuva, e andar na freeway a 35 km/h, no máximo, me avisa que precisamos fundar um grupo de apoio pra nos livrar do trauma, ok? Pra vc que não tem idéia do que é, te digo que é uma coisa mais ou menos assim: Dani olhando pela janela: Oi, árvore... meia-hora depois... tchau, árvore. Quase duas horas pra fazer o percurso que geralmente fazemos em trinta minutos.
Blog atualizado, documentação entregue, agora só quero minha cama. Por uns três dias, no mínimo.