18 dezembro, 2005

There she goes...

Quero um pouco de conversa séria e quero um pouco de blábláblá, pra desopilar. Quero um mundo melhor pro meu sobrinho e um mundo bem pior pra quem faz esse planeta ser tão nojento às vezes. Quero revanche. Quero recontagem de votos. Quero suco de laranja sem fiapo e muito sorvete de pistache. Muito sorvete, de qualquer coisa, menos de maracujá, got it? Quero muitas, milhares de folhas em branco e quero ter tempo de riscar nelas com todas as canetinhas lindas que eu comprei. Quero ler a melhor história da minha vida. Quero tatuar na minha alma, pra nunca mais esquecer, que sim, eu sempre levanto de novo e quero ter a oportunidade de oferecer um sorriso de guria teimosa pra quem disse que eu não conseguiria dessa vez. Na verdade, não quero ter nem um minuto de sobra pra pensar no que já foi, mas quero que ela tenha muita indigestão com aquele iogurte de fibras que ela insiste em devorar e que todo mundo sabe pra que serve e quero que ele respire mediocridade sempre que perceber o quanto a vida dele é um saco. Quero parar de ser tão dramática, quando tudo o que eu preciso é de um pouco de cabeça fria. Quero escrever frases que não rimem, que não se encaixem e que não façam sentido pra ninguém, além de mim. Quero um pouco de dinheiro e um pouco menos de filhadaputice. Quero um emprego legal, um chefe legal e colegas que façam por merecer em vez de tentar puxar o teu tapete. Quero cantar “Falling in Love Again” tantas vezes e tão alto que vou ficar rouca. Quero acordar todas as 365 manhãs desse ano, independente do estado de espírito em que eu esteja. Independente do estado, cidade ou país em que eu esteja. Quero retorno garantido e lucro imediato. Quero poder correr, andar, nadar até onde eu quiser e que o meu coração e todos os seus companheiros acompanhem o ritmo e não dêem problema. Quero saúde pra quem fica e paz pra quem já foi. Quero o Herb feliz sem tentar inocular ceticismo e desconfiança em mim, porque eu sou assim, mesmo: Eu acredito, quebro a cara, mas ninguém leva nada de mim, muito menos a fé.

Vai ser um ótimo ano, ah se vai...