30 julho, 2008

Pés

Aos seis anos, enquanto ainda frequentava as aulinhas de balé, lembro muito bem da professora elogiando a minha capacidade de conseguir me equilibrar beeeem nas pontinhas dos pés e permanecer assim pelo tempo que ela pedisse. Ou andar assim. Ou correr assim. Ou assobiar e chupar cana assim. Lembro também que, por causa disso, era alvo de chacota de um vizinho meu, pois logo percebi que correndo na ponta dos pés, eu conseguia uma velocidade bem maior do que correndo com o pé todo plantado no chão. Era eu sair correndo, nas brincadeiras de pega-pega e o vizinho se dobrava de rir. Aquele mala.

O tempo passou, eu cresci uns parcos centímetros, mas os pés meio que estacionaram. Calço 34, às vezes 33(!), mas vou vivendo. Certo dia, fui comprar uma sandália numa loja de sapatos num shopping de Porto Alegre. Apontei um modelo na vitrine pro vendedor e ele foi buscar para eu experimentar. Sentei na cadeira, tirei o sapato e... o vendedor olhava pro meu pé embasbacado. Até pensei que tava com chulé, mas ele veio com essa:

- Quer que eu te ajude a calçar?
- Não!

Depois pensei que se você gosta de pés, nada melhor do que trabalhar em lojas de calçados, se você gosta de menininhos, nada melhor do que transformar seu sítio num imenso parque de diversões... enfim, divago.

E a vida ia seguindo seu rumo até o dia em que o dedão do meu pé direito parou de funcionar. Eu dizia:

- Dobra, dedão.

E ele nada.

- Dobra!

E ele lá, me olhando com aquela cara de terreno baldio. Desisti e recorri à autoridade mundial em se tratando de minha saúde e bem-estar:

- Mãe... meu dedão não funciona.
- Vamos ao traumatologista.

No consultório do médico, fui bem clara:

- Seguinte, doutor, meu dedão não funciona.
- Blablabla...
- Já faz quase duas semanas que ele tá dormente, não se mexe, não consigo nem usar chinelo, nem tamanco, porque o dedão simplesmente não consegue nem segurar o chinelo.
- !
- É...
- Hmm... pode ser uma atrofia na espinha, pólio, esclerose.< /House>
- !
- Tem que consultar o neurologista e fazer uma eletroBLABLABLABLAgrafia.
- Dói?
- É meio chato...
- Legal. E dói?
- Dói.

O exame consistia em enfiar agulhas nos meus nervos e dar choques.

No consultório do neurologista, ele me recebeu e logo foi falando aquilo que sempre te dizem quando você vai sofrer:

- É desconfortável, pode ser dolorido, mas quanto mais você estiver relaxada, melhor.
-

Na hora de me entregar os resultados ele disse:

- Tá vendo essa curva do teu pé?
- Ahan.
- Nunca vi uma curva tão ampla. Muito bonito. Você tem pés muito bonitos.
- Concordo.

No fim, não era nada demais. Saí de lá com a certeza de que meu dedão ficaria bom se eu parasse de cruzar as pernas o tempo todo, pois isso fazia com que eu "amassasse" meu nervo e com a comprovação científica de que tinha pés bonitos. Tem uma curva no exame pra provar.

24 julho, 2008

Confort food

Confesso. Troco qualquer croissant, pão de queijo, muffin, bagel, bisnaguinha Seven Boys, petit fours pela combinação perfeita de café com leite e pão francês amanhecido com manteiga, que na falta, até pode ser substituída por Qualy: Confort food, assim como o bolo inglês que acabei de tirar do forno. Pode não ser como quando eu era criança, quando vinha na forma de muffins em forminhas de papel, mas mesmo assim, o perfume de laranja pela casa, o sabor suave e a cor dourada fazem verdadeiros milagres em mim.

21 julho, 2008

Cinema y otras cositas más

No sábado fiz uma torta de maçã e, até que enfim, comprei uma fôrma pra tortas e quiches, de alumínio e dentada. A torta ficou uma maravilha, o recheio de maçãs é uma loucura e tive que me conter para não comer tudo às colheradas. A receita peguei aqui.

Já na sexta-feira tínhamos feito planos de assistir Batman no cinema. Ele, porque simplesmente adora HQs, eu, porque confesso estar curiosíssima a respeito do Coringa do Heth Ledger. No domingo à noite fomos até o Unibanco Arteplex e a fila gigantesca já anunciava: Ingressos esgotados. Fazer o quê? Voltar pra casa? Ná... já que estamos aqui, vamos assistir Hancock, mesmo. E assim foi. Como a sessão demoraria ainda uma hora para começar, passamos no mercado e compramos um potinho de Häagen-Dasz, colheres descartáveis e contrabandeamos descaradamente pra dentro do cinema, o que foi uma péssima idéia, já que vai ser difícil ir ao cinema sem um Häagen-Dasz das próximas vezes, dado o preço um tanto proibitivo. A menos que a gente pegue as sessões durante a semana que são mais baratas e... enfim, divago.

Sobre o filme, só tenho a dizer que poderia ter terminado na metade: Enquanto tínhamos um super-herói desastrado e bêbado tentando ser um cara melhor, o filme foi divertido. Depois, ficou um tanto cansativo. Ouvi comentários semelhantes na saída da sala, mas como a platéia era formada na sua maioria por pessoas que não conseguiram ingresso para assistir Batman (inclusive, quando apareceu o trailer a galera fez "Ahh..."), pode ter sido birra de gente descornada doida pra ver o Coringa.

15 julho, 2008

Fui tão longe.

09 julho, 2008

A ironia brasileira.

Ontem, levando o vô para uma consulta ao oftalmologista, cruzamos com um motoboy. No baú da moto, escrito da forma mais tosca possível, o seguinte:

"Tele-pizza do Senado"


05 julho, 2008

101 coisas em 1001 dias - Review

Não me orgulho muito da minha média, mas a idéia é tão boa que não vou desistir enquanto não cumprir o planejado. Portanto, aí estão as metas que já realizei, ou que estão em vias de:

4. Comprar 10 livros
Dos 10 planejados, comprei dois:"A insustentável leveza do ser", do Milan Kundera e "O buraco da agulha", do Ken Follett.

16. Visitar Cambará do Sul

O guia (do povo lá, porque a gente não precisa de guia pra seguir trilha demarcada, né? Somos wild.) fez as piores piadinhas ÉVAH sobre cair lá de cima. Relato aqui.

23. Assistir Monty Python
Assisti Monty Python em busca do cálice sagrado e tive cólicas de tanto rir. Adorei.

24. Assistir toda a trilogia de O Poderoso Chefão
Assisti ao primeiro, que muitos dizem ser o melhor. Tipo que a cena da morte da Sofia é uma das coisas mais "hãn, morreu?!" do cinema.

29. Conhecer 6 cidades diferentes
Porto Belo, São Francisco de Paula, Cambará do Sul, Igrejinha, Três Coroas. Tainhas conta? Não, né? Então ainda falta 1.

50. Assistir um filme de terror
Assisti quase todos esses de zumbis. Um dia serei macha e assistirei "Brinquedo Assassino", pode esperar.

65. Levar o Matheus ao zoológico

Ele só queria saber dos patos, das tartarugas e dos peixes. Ah, ele também gostou da lhama. Enquanto as outras crianças se escabelavam pelo elefante e pelos leões, o Matheus curtia os bichos mais underground do zôo.

76. Passear no mercado público
Passeei, tomei sorvete naquela banca famosa (apesar de não achar o sorvete lá aquelas coisas. Sou chata pra caramba pra sorvete), comprei feijões e erva-mate, mas preciso descobrir onde é que as coisas acontecem por lá, tipo, onde vende fava de baunilha, azeite trufado, essas coisas... Enfim, divago.

80. Dormir na frente de uma lareira acesa

O barulhinho do fogo crepitando virou um dos meus barulhinhos preferidos, junto com as músicas da Cat Power. E namorado e eu combinamos que podemos morar embaixo da marquise da Casas Bahia, mas teremos sim uma lareira.

82. Visitar uma vinícola

Vinícola devidamente visitada, bebida e comida. Seu Miolo, a gente comeu suas uvas. Pega eu! Relato aqui.

84. Andar de barco

O verde do mar de Santa Catarina é coisa de outro mundo. E sabe aqueles peixinhos de aquário coloridinhos e tal? Tá ligado que eu vi no mar? Nadando entre os meus PÉS? Completamente alienígena. Prontofalei.

85. Tirar uma foto com toda a família


86. Ser aprovada em todas as disciplinas
No sufoco, mas tá indo.

96. Comprar um mp3
Aquele que mantém a minha sanidade dentro do ônibus.

98. Arrumar o computador de vez ou comprar outro
Tenho em mãos (e isso não é força de expressão) um novinho em folha.

04 julho, 2008

Mals ae!

Seja cruel e me diga qual a chance disso acontecer: Precisar de 6.9 pra ser aprovada em uma matéria, fazer a prova e tirar exatamente essa nota. Mas tudo bem, felicíssima com o meu 6.9 soy yo. De todo, fui aprovada em todas as matérias sem precisar de G2. E tirei 8.3 no trabalho da locadora.

No próximo semestre, 4 cadeiras novinhas em folha pra eu me dedicar um pouquinho mais e terminar o ano com certa paz de espírito. E como bem lembrou a Ju, ano que vem já vou estar na metade do curso.

03 julho, 2008

Eita!

E a surpresa da guria quando viu que tinha tirado um glorioso 7 na prova de segunda-feira quando tudo o que esperava era um 3 muito do miserável? Posso dizer que a sombra do G2 ficou um pouquinho mais distante e muito menos assustadora...

Estudar salva, minha gente.

02 julho, 2008

Alguém jogue a toalha branca, peloamor!

Segundo round hoje.
E daí que a professora nem por decreto publica as notas antes de sexta-feira. Não sei vocês, mas eu estou conferindo in loco aquilo que chamam de terrorismo psicológico: Aos pouquinhos o meu auto-controle se esvai pelo ralo.

Logo, logo vou acabar confessando que foi o House quem não me deixou estudar o tantão que eu queria durante o semestre.