18 junho, 2008

Ah, como eu amo dormir!

No calor, nem tanto, porque é horrível acordar suada e enroscada nos lençóis. Bate um bode desgraçado. Mas no frio... ficar encasulada no meio de mil cobertores e edredons, quase sem conseguir respirar tamanho peso em cima do tórax, não tem preço.

Quer dizer, tinha. R$5,76 a hora, pra ser mais exata.

Durante um tempo trabalhei numa multinacional num horário estapafúrdio pra maioria dos mortais: das 17:20h às 02:20 DA MATINA. E ainda tinha dias em que precisava acordar às 06:30h da manhã pra ir pra faculdade. Preciso dizer que isso quebrou, espatifou e queimou até às cinzas o meu relógio biológico?

O drama ficou tão grande que eu vivia de excessos, ou seja, sexo, drogas e rock'n roll ou cochilava em torno de 2 horas por noite ou hibernava 12 horas direto sem acordar nem com a vizinha passando vaporetto na casa toda, telhado incluso.

Inclusive, foi nessa época que vi um disco voador, quase fui atropelada por uma carroça e experimentei coca-cola com guaraná cerebral .

Quando saí do trabalho foi que percebi o tamanho da zona que tinha se instalado. À noite, não conseguia dormir, ficava passando os canais, vendo até "fala que eu te escuto", com seus 752 pastores diferentes, quando os seriados do SBT acabavam e o Intercine estava repetindo pela quinta vez o mesmo filme. Da televisão passava pra internet (ainda bem que a Lu operava nos mesmos horários que eu. Não fosse as nossas conversas no msn, eu teria ido parar no bate-papo do Terra e dali só pra deus-sabe-onde), da internet para os livros e quando ia ver, já eram 5h, 6h. Sorte que nessa época eu ainda não assistia House, senão o céu seria o limite.

E a vida seguia, aos trancos.

Até que o namorado veio morar comigo, os compromissos com faculdade aumentaram exponencialmente, expulsei do quarto a televisão, o Intercine e a Universal, com seus 1248 pastores e fogueiras do Monte Ararat e voltei a dormir nos horários convencionais.

Puts... esse texto me deu sono.