Estou naquele(S) dia(S)...
Não, não é o que você pensou, cara pálida! Quem dera...
Sabe aquele dia em que você tem certeza absoluta de que TUDO de estranho já aconteceu e que a única solução é ir dormir pra ver se pára de vez?
Bizarrice número 1
Praticamente assinei uma declaração. Sem comentários adicionais. Pelo menos até quinta-feira, ok?
Bizarrice número 2
Quatro da tarde. Pego o Ônibus do Terror pra ir para a faculdade. Solzão, calorzão... No banco que escolhi para sentar, um dos lugares pegava sol e no outro, não. Escolho o banco onde pega sol, apenas para sintetizar a vitamina D no sol de 43°, sabe? Nisso, uma velhinha levanta do banco láááá da frente e senta ao meu lado, no banco onde não pega sol. Passados alguns minutos, ela fala: “Saí de lá por causa do sol, mas se eu ficar aqui, quem vai ficar no sol é tu...” E pimba, levantou. Nem adiantou eu dizer que não me importava, eu QUERIA ficar no sol de 43°! Nada. Lá foi ela, bem contente, catar outra sombra. Moral da história: Fiquei no sol, mas morrendo de remorso.
Bizarrice número 3
Sem eu sequer imaginar, meu amigo estava no mesmo Ônibus do Terror e viu a cena inteira. Fiquei sabendo disso às 11 da noite:
Dani: Por que tu não me chamou?
Amigo: Ahan... Na última vez que um cara te chamou no ônibus, tu disse “não lembro da tua cara.” Te chamar no ônibus pode ser uma coisa meio perigoso pra quem chama... vai que tu resolveu andar armada daquele dia pra cá...
Bizarrice número 4
Apresentação de um trabalho suuuuuper importante na faculdade sobre indicadores financeiros de qualquer empresa à escolha do grupo. Escolhi a empresa do meu tio. Tudo corria bem, até que, no final do trabalho, o professor pergunta “Quantos anos tem essa empresa?”. Dani, cérebro de miojo, responde, sem pestanejar: “Não faço a menor idéia... ahn, er... Acho que ela foi fundada em 85”. MENTIIIIIIIIIIIIRA!
Bizarrice número 5
As apresentações dos trabalhos continuavam. Um dos grupos formado por um moço rastafári vestindo a camisa do Grêmio e outro moço parecido com aquele pai que encolheu as crianças, explica os indicadores financeiros da empresa X. Nisso, o moço do rastafári gremista, interrompe o colega e diz que precisa fazer uma pequena observação. O outro pára de falar e todos prestam atenção ao rastafári, que ergue os braços e grita: “É-CAM-PE-ÃO!!”, ato contínuo, assume uma postura seríssima e diz: “Ok, sem mais delongas, podemos observar a margem líquida da empresa que foi de....”. Olhei em volta. Todos estavam com aquela expressão de “QUEIIIIIISSO????”, exceto o colega dele, cuja cara era de pavor genuíno. Dei uma risadinha e uns dois ou três, por educação, riram também. Perdi a reação do professor por causa do espanto. Troféu “Vergonha pela Pessoa” para o gremista rastafári...
Bizarrice número 6
22:00h. A apresentação dos malditos trabalhos continuavam. Professor entediado, no máximo 7 alunos na sala (turma de 52 alunos, pra lembrar), então o coitado praticamente implora para os quatro últimos grupos deixarem a apresentação para a próxima aula. NANANINA! Dizem os grupos restantes. QUERO APRESENTAR ESSA DROGA HOJE! Alternativa encontrada pelo professor: “Ok, então. Me passem os nomes de vocês que ainda faltam apresentar. Vou dispensar vocês da apresentação.” . QUE?????? Sim, com todo o trabalho que eu e todos os outros 20 grupos que apresentaram tivemos, o professor simplesmente dispensou os quatro últimos porque estava COM PREGUIÇA de assistir o resto! ASIFUDÊ! Saí da sala fula e fui comprar uma água para ajudar a engolir a irritação. Enquanto esperava o troco da água, ouvi: “AEEEE, MERRRRMÃO! QUANTO TEMPO?”, era o sr. Vou-morrer-de-tédio-aqui, que também atende por “meu professor”, passando pelo bar, berrando no celular, na maior animação. GRRRRRRR...
Bizarrice número 7
Ainda meio p da cara, mas contente porque agora pelo menos tinha meio litro de água mineral e dois canudinhos verde e branco para abrandar o calorão, fui pra parada pegar o ônibus. Primeiro, estranhei, porque só tinha eu na tal parada, mas tô nem aí, né? Continuei esperando... Nisso, quem aparece?! SIIIIIIM! O Bláblábláel. Ai, saco... Chegou todo faceiro, dizendo que a parada tinha mudado de lugar, agradeci e comecei a andar até onde estava a parada nova. Sem se tocar que eu não queria papo, foi andando junto comigo. Perguntou se eu lembrava que ele tinha falado comigo no ônibus, perguntou se eu lembrava da fulana, do sicrano e perguntou pela 2315846º vez se eu realmente não lembrava dele... Não! Não! Não! Vai pra casa, droga! E na hora de entrar no ônibus então? Ficou esperando pra ver se eu ia passar pra frente ou ia ficar atrás da roleta. Não tive dúvidas, fingi que ia ficar. Ele sentou num dos bancos de trás e eu pimba! Pulei pra frente. Rá!
Bizarrice número 8
Cheguei em casa e contei pra minha mãe as bizarrices do dia, disse que ia comer alguma coisa e dormir, pra não acontecer mais nada esquisito.
Eu: Tem alguma coisa pra eu comer?
Mãe: Tem bolo, pastel...
Eu:...?
Eu:...???
Eu: (correndo pra abraçar ela) Aaaaai... Feliz Aniversário, mãezinha!
Sim, pra completar, eu esqueci completamente que era aniversário da minha mãe... Saco! Agora eu vou dormir, mesmo. Ainda bem que esse dia terminou.
Epa! Ô! Volta aqui! E a declaração????
Pffff... Fica pra quinta, prometo. Vou ter que pensar nisso amanhã e dar um jeito de consertar a asneira.